Solar do Ferreiro Torto

Solar do Ferreiro Torto

Macaíba, Rio Grande do Norte, Brasil

Habitação

A ocupação do Rio Grande marca o início da colonização da capitania de mesmo nome (Natal). A cerca de 25 km da foz deste rio, implantou‐se o Engenho Potengi (que era outro nome do mesmo rio), porém suas terras não eram propícias à cana‐de‐açúcar, de forma que o estabelecimento, que ainda não existia em 1614, já se encontrava desativado em 1630. Durante a invasão holandesa, logo após a tomada da vila de Natal, a propriedade foi invadida, e assim como no Engenho Cunhaú, dezenas de moradores foram assassinados. Como afirma Cascudo, a produção açucareira só se estenderia por esta zona de forma consistente em meados do século XIX, sob novas condições técnicas. O antigo engenho posteriormente tomou o nome de Ferreiro Torto. O solar existente em suas terras fica isolado, em terreno plano, com um riacho ao fundo. Além de testemunhar a ocupação da região, sua arquitetura é única na região. A construção, da primeira metade do século XIX, conjuga alvenaria de pedra e de tijolos, e guarda as características da arquitetura do período colonial. As três faces para o terreno plano são simétri‐ cas e têm a mesma volumetria: pavimento térreo largo e corpo central elevado, com três aberturas. A erudição da composição aponta para o espírito neoclássico que se instalaria no Brasil ao longo do século XIX. No início do século XX, o prédio mantinha‐se bem conservado, mas estava parcialmente arruinado em 1979, quando passou por obra de restauro.

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