
Capela do Engenho Sant’Ana
Ilhéus, Bahia, Brasil
Arquitetura religiosa
Um dos raros exemplares de capela rural do século XVI, a belíssima capelinha de Sant’Ana está bucolicamente situada junto à margem do Rio do Engenho, rodeada por árvores e tendo à frente um pequeno cruzeiro. As terras do Engenho Sant’Ana, pertencente a Mem de Sá - que as houvera de Jorge de Figueiredo, donatário da capitania de Ilhéus - foram doadas em 1563 por sua filha, a condessa de Linhares, aos jesuítas do Colégio de Santo Antão de Lisboa, que aí criaram duas fazendas: Inês e Sant’Ana. Com a expulsão da ordem, o engenho passa à coroa e chega, em 1810, a Felisberto Caldeira Brandt, futuro visconde de Barbacena. Aí se hospedaram Spix e Martius no século XIX, quando de sua visita a Ilhéus. A capela, com partido em "T" incompleto, tem programa restrito à nave, capela‐mor e sacristia. Na sua frente, um adro com amplo copiar e a espadaña, ou parede sineira, elemento frequente nas capelas jesuíticas. A construção, em alvenaria de pedra e cal, apresenta fachada de empena, com óculo no eixo da composição. Foi classificada pelo IPHAN em 1984.