Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e São Benedito
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Arquitetura religiosa
A devoção a Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito foi muito difundida entre escravos e libertos na América Portuguesa, desde os primeiros tempos da colonização. É interessante ressaltar que São Benedito, que tem imagens espalhadas por igrejas e capelas de todo o Brasil desde o século XVII, só seria canonizado no século XIX. A igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário começou a ser construída em 1700, sendo concluída em 1725. Era uma das maiores igrejas do Rio de Janeiro, tanto que, à revelia da irmandade, foi transferida para ela a Sé da cidade, gerando conflitos que só terminaram quando o príncipe regente transfere, em 1808, a Sé para a igreja conventual dos carmelitas. Da fachada setecentista restam as torres e a portada, tendo o frontão sido objeto de grande reestruturação em meados do século XIX. Em 1967, um incêndio destrói completamente o interior da igreja. A reconstrução seguiu risco do arquiteto Lúcio Costa, que procurava manter a atmosfera de solene religiosidade sem tentar reconstituir os espaços originais e introduzindo materiais modernos como o concreto.