Palácio Episcopal
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Arquitetura religiosa
A origem do Palácio Episcopal é um hospício e uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, no qual viviam capuchos franceses na segunda metade do século XVII, instalados num dos quatro morros que balizavam a cidade. Por ordem da coroa, os religiosos franceses são expulsos em 1701, e nesse mesmo período chega D. Francisco de São Jerónimo para assumir o bispado do Rio de Janeiro. Por não contar com residência fixa, resolveu ocupar o hospício dos capuchinhos, pela excelência da sua posição, a cavaleiro da cidade. Obtém recursos da fazenda real para transformar a modesta construção em residência episcopal, obras que tiveram prosseguimento com os seus sucessores. Foi o local escolhido pelo corsário francês Duguay‐Trouin como sua residência durante o período, em 1711, que ficou senhor da cidade. Permaneceu como Palácio Episcopal até início do século XX, e hoje abriga o Serviço Geográfico do Exército. Trata‐se de um sobrado com a simplicidade característica dos engenheiros militares portugueses, desenvolvido em planta quadrada com pátio interno. Na fachada da frente, onze janelas rasgadas em verga reta com balcão saliente, e no rés‐do‐chão uma porta central e duas laterais na extremidade da composição. O frontão triangular é um acréscimo já do século XIX. A capela interna sobressai do conjunto, criando um corpo elevado dentro da construção. O interior original foi destruído por um incêndio na década de 1940. Na lateral, a construção destinada para as cavalariças foi acrescentada de sobrado na obra de adaptação para o Serviço Geográfico do Exército.