Capela da Ordem Terceira do Carmo de Santa Teresa
Recife, Pernambuco, Brasil
Arquitetura religiosa
A fundação da Ordem Terceira do Carmo do Recife recua ao ano de 1695. A capela, consagrada a Santa Teresa, estava concluída, enquanto construção, em 1710. A ornamentação interior somente terminou em 1737, ocasião em que foi consagrada. A torre seria construída no século XIX, diante da proibição pela Ordem dos Terceiros de possuírem sineiras nas suas construções, à conta de certos repiques especiais que estavam impedidos de realizar por ser tal edificação uma simples capela e não uma igreja. A fachada principal possui um frontão rococó um tanto extravagante. O ano de 1803 é o da conclusão de tal frontispício. A porta principal veio de Lisboa e foi confeccionada em falso mármore de lioz. A capela tem como partido de planta o modelo constituído de um grande salão com capela‐mor, relativamente rasa. O altar‐mor e seu retábulo se devem ao entalhador Alexandre da Silva, que trabalhou na Igreja de São Pedro dos Clérigos do Recife. No interior da capela,os altares são já do século XIX. O artista responsável pela confecção define bem a transição entre o rococó de final do século XVIII e o neoclássico vindo de Lisboa. Um forro em caixotões teve por propósito abrigar inúmeros painéis pintados pelo tenente João de Deus Sepúlveda. O conjunto é impressionante. Tratam as pinturas da vida de Santa Teresa e foram encomendadas através de diversos contratos entre 1760 e 1761. Aquele artista é o mesmo do forro ilusionista de São Pedro dos Clérigos. O douramento e a pintura da sacristia são do artista Manuel de Jesus Pinto. Os arcazes da sacristia pertencem à primeira metade do século XVIII. O altar de Nossa Senhora da Soledade é da lavra do entalhador Serafim dos Anjos.