
Igreja de Nossa Senhora da Graça do Colégio dos Jesuítas
Olinda, Pernambuco, Brasil
Arquitetura religiosa
Em 1551, os padres de Santo Inácio chegaram a Olinda. Um ano antes estavam na Bahia. Eram dois os jesuítas: Manuel da Nóbrega e António Pires. Receberam uma capela dedicada a Nossa Senhora da Graça, que seria para os padres agostinianos, que não vieram para a vila. Pouco se fez, por pequeno ser o número de padres. Em 1565, a igreja é substituída por outra e na década de setenta construída totalmente. Em 1595, quase pronta, a igreja foi comparada com a de São Roque de Lisboa, seu modelo. Atribui‐se ao arquiteto jesuíta Francisco Dias um projeto, guardado na Biblioteca de Paris, que pode ser para tal casa jesuíta. A igreja é um grande salão com duas capelas marcando um falso transepto e confessionários em arcadas menores no corpo da parede. A cabeceira da igreja acompanha na composição a forma tradicional de capela‐mor pouco profunda e duas colaterais em mesma disposição e forma. Chegadas a Olinda em 1611, as imagens de mesma fábrica de Santo Inácio e São Francisco Xavier, assim como a de Nossa Senhora da Graça são, respectivamente, as duas primeiras do século XVII e a última do anterior. Nos altares colaterais existem dois belos retábulos, executados em calcário nos anos finais do século XVI ou nos anos iniciais do seguinte. O exterior da igreja, de grande sobriedade e rica composição, tomou como modelo as igrejas de São Roque de Lisboa e São Paulo de Braga. O colégio, que se encontra por detrás da igreja, foi edificado no século XVI e exibe as mudanças resultantes de uma reconstrução posterior a 1654. Na sacristia da igreja se pode ver um lavabo fabricado em Portugal de excelente feitura com seus embutidos. A igreja foi inteiramente restaurada entre 1972 e 1978 pela Fundação do Património Histórico e Artístico de Pernambuco - FUNDARPE.