Igreja de Santa Maria de África

Igreja de Santa Maria de África

Ceuta/Sebta, Norte de África, Espanha

Arquitetura religiosa

De história lendária, diz‐se que a imagem que ali se venera teria sido encontrada no campo após a conquista portuguesa, reportando‐se então que teria sido enviada, no século VI, pelo imperador bizantino Justiniano I ao governador da cidade, Procópio. A igreja em si teria sido mandada construir pelo capitão D. Fernando, conde de Arraiolos, para albergar a imagem. Porém, não é claro que assim tenha sido: em 1460, o infante D. Henrique, no seu segundo testamento, menciona ter sido ele quem ordenou a construção da igreja de Santa Maria de África e ter enviado "huua himagem asaz devota de Sancta Maria, mandandolhe poer nome Sancta Maria dAfricam, poendo a dicta himagem na dicta casa que assy fezerom e hordenarom".
Não se podendo determinar ao certo a sua construção, sabe‐se que já existia no cerco de 1418. Em 1443, o papa Eugénio IV doou a igreja à Ordem de Cristo, dando‐lhe por paróquia os territórios de Valdânger, Bulhães e Alcácer‐Ceguer (por conquistar). O templo foi constituído como comenda da Ordem. Achava‐se muito arruinado em 1560, conforme se diz no pedido de obras à rainha regente D. Catarina: "por ser muyto amtyga e nela choue como na Rua".
Em meados do século XVI, o capitão D. Afonso de Noronha construiu aí algumas câmaras, um quintal e um poço, numa altura em que os jesuítas começavam a ter uma certa influência.
A igreja era muito frequentada por peregrinos em diversas alturas, nomeadamente na Assunção. Atribuídos vários milagres ao ícone mariano, valeu‐lhe o título de padroeira da cidade, no século XVII, com a festa a 9 de fevereiro. Foi reedificada nessa centúria e na seguinte.

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