Convento de Santo Agostinho
Gori [Goris], Golfo Pérsico | Mar Vermelho, Geórgia
Arquitetura religiosa
Gori é uma cidade localizada no leste da República da Geórgia, encontrando‐se a uma distância de 76 quilómetros a oeste da cidade de Tbilisi, capital do país. A Igreja e o povo da Geórgia têm particular veneração pela rainha Ketevan, cujo martírio foi presenciado pelo padre Ambrósio dos Anjos na cidade de Xiraz, em 1624, encontrando‐se este facto na origem da fundação do Convento de Santo Agostinho na cidade de Gori. De acordo com Roberto Gulbenkian, o padre Ambrósio dos Anjos, acompanhado pelo padre Sebastião de Jesus, viajou da Pérsia até à Geórgia e, levando parte dos restos mortais da rainha Ketevan, teriam chegado ao acampamento onde se encontrava o rei Teimouraz, filho da referida rainha, a 11 de maio de 1628. Ao saber que lhe traziam os restos mortais da mãe, o monarca declarou aos religiosos que tinham feito "uma cousa que por todo o mundo havia de ser celebrada e que ele e todo o Gorgistam se não esqueceria dela". Neste contexto, Teimouraz autorizou os portugueses a fundarem um convento da Ordem de Santo Agostinho no seu território, indicando que poderiam escolher o local da sua implantação. Gori foi a cidade escolhida, onde começaram por instalar um oratório e arranjaram duas casas para servirem de residência. Devido ao enorme isolamento, à falta de apoio e aos ataques dos muçulmanos, esta comunidade acabou por ser abandonada em 1649. Acerca da estrutura edificada subsistente na atualidade nada se pode acrescentar, dada a ausência de informação.