Igreja de Santo André

Igreja de Santo André

Vasco da Gama, Goa, Índia

Arquitetura religiosa

A Igreja de São André foi fundada pelos jesuítas em 1570. O edifício original foi destruído, sendo a igreja que hoje se pode observar provavelmente dos finais do século XVI (1594, de acordo com a crónica jesuíta). Igreja de nave única e cobertura de madeira, sofreu algumas alterações durante as muitas reformas que foram sendo realizadas ao longo dos tempos, mas manteve‐se o essencial da construção inicial. Contrariamente à maior parte das igrejas jesuítas de Salcete, Santo André tem uma torre encostada à capela‐mor, uma disposição mais característica das igrejas franciscanas. Um dos sinos está datado de 1628, que deve assinalar o fim das obras da igreja. Originalmente com seis altares, a igreja conta hoje cinco, todos de estilo gótico, sendo que os retábulos originais já desapareceram. Os três altares principais devem ter sido feitos pelos carpinteiros da escola de Benaulim. Os dois laterais devem datar do início do século XIX, e o altar‐mor dos meados desse mesmo século. A fachada principal de origem foi demolida em 1953. A julgar por fotografias da época, era muito simples, de três tramos com um óculo a perfurar o tímpano, mas tinha adossado um pórtico ou galilé do tipo do da Igreja de São Miguel de Taleigão. Foi também alterado nessa altura o remate da torre sineira, que tinha uma cobertura de quatro águas. Para além destas alterações, parece ter sido feito um acrescento no lado norte do corpo da igreja. Novas obras, de renovação da igreja e extensão da casa paroquial, foram iniciadas em março de 2008. A fachada nova da igreja, de desenho neogótico, tem algumas semelhanças com a igreja de Chandor cuja fachada, na sequência da ruína da fachada original, foi reconstruída em 1950. Embora não sejam muito comuns, existem algumas igrejas construídas em estilo gótico no território goês no final do século XIX e ao longo do século XX: Madre de Deus, em Saligão (1878), Santo António, em Vagator (1925) e Siolom (1907) e Nossa Senhora da Vitória, em Revorá (1952). Em comum têm o facto de todas se localizarem no território de Bardez. Para além destas, o estilo neogótico foi adotado nas fachadas de muitas outras igrejas reconstruídas parcialmente, sendo o elemento mais comum e visível desta adaptação as janelas de arcos apontados. Mais uma vez, a localização é o elemento recorrente: todas se localizam em Bardez, Perném e Mormugão, os locais de Goa onde a influência inglesa mais se sentia, sendo que Bardez e Perném eram os territórios com uma percentagem mais elevada de emigração católica para a Índia inglesa e para África.

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