Igreja Matriz de São João Batista

Cametá, Pará, Brasil

Arquitetura religiosa

Respondendo a solicitações do bispo D. Frei Miguel de Bulhões, António José Landi foi encarregado, em 1759, da realização de projetos para as novas igrejas paroquiais. Conhecem‐se os seus desenhos para a fachada da Igreja de Cametá, fachada e planta de Santana do Gurupá e fachada de Santana do Igarapé‐Mirim, sendo esta última pensada como modelo para todas as novas igrejas a serem construídas. A fachada prevista por Landi para a Matriz de Cametá inspirava‐se na fachada da Sé de Belém. No corpo central, separado por pilastras, recortava‐se um portal encimado por nicho. Nos outros quatro panos desenhavam‐se espelhos de moldura lisa, no primeiro andar, e quatro janelas de perfil pombalino, no segundo. Na igreja que foi construída, começada em 1759 e concluída em 1775, manteve‐se, em parte, a estrutura prevista no projeto de Landi, mas nada da subtileza do desenho. A fachada mantém o corpo de cinco panos e dois andares e os espelhos do primeiro andar. O portal central, o frontão e as torres foram consideravelmente alterados. No interior, a igreja tem planta com uma nave central e duas naves laterais menores, separadas por quatro arcadas sobre pilastras e um coro alto no espaço entre as torres. A capela‐mor, pouco profunda, é ladeada pela sacristia e outro anexo.

• Renata Malcher de Araujo