Igreja de São Miguel Paulista (Aldeia del‐Rei do Ururaí)
São Paulo, São Paulo, Brasil
Arquitetura religiosa
A Igreja de São Miguel localiza‐se em terras da antiga Aldeia del‐Rei de São Miguel de Ururaí, administrada pelos jesuítas nos séculos XVI e XVII. A Capela de São Miguel traz gravada na verga de sua porta principal a data de 18 de julho de 1622, aceite como a de sua consagração. O aldeamento para o qual foi construída remonta à segunda metade do século XVI. Sua construção é atribuída ao bandeirante Fernão Munhoz. Apesar das intervenções por que passou, a capela guarda o típico partido da arquitetura luso‐brasileira dos séculos XVI e XVII: nave única, capela‐mor retangular; recinto de transição entre exterior e interior (nártex, galilé, alpendre, etc); aspecto externo severo e cobertura de duas águas, criando empena frontal. A esse programa básico, conforme a necessidade e os recursos disponíveis, eram acrescentados uma ou duas sacristias, por vezes um corredor lateral aberto ou fechado - no caso de São Miguel, o corredor está guarnecido por balaústres de madeira - e uma sineira, quase sempre tosca armação a sustentar o sino. A igreja é de taipa de pilão. No século XVIII, a Capela de São Miguel sofre alteamento das paredes da nave, de quatro para seis metros (primitivamente, as águas do telhado recobriam ao mesmo tempo nave e corredor), intervenção essa feita com adobes e considerada anterior a 1767, pois é sabido que nesta data já existiam índios oleiros em São Miguel. O teto é de telha‐vã. No período 1940/41, a capela foi restaurada pelo SPHAN, sob a direção de Luís Saia, adquirindo seu aspecto atual. Entre 1974/80 sofreu obras de conservação. Foi classificada pelo IPHAN em 21 de outubro de 1938, e ex‐officio pelo CONDEPHAAT, em 11 de dezembro de 1974.