
Casa e Capela da Fazenda Colubandê
São Gonçalo, Rio de Janeiro, Brasil
Habitação
Situada na freguesia de São Gonçalo, a Fazenda Colubandê era um dos inúmeros engenhos que povoavam as margens da Baía de Guanabara no século XVIII. Neste período, são construídas casas no mesmo padrão, com alpendres de colunas toscanas contornando parcialmente a edificação, sustentando o telhado de quatro águas. Sua difusão criou uma linguagem regional comum da arquitetura rural nos arredores da Baía de Guanabara, não encontrada em outras regiões do Brasil. Colubandê é o exemplar mais monumental de um conjunto ainda remanescente, do qual fazem parte os engenhos do Capão do Bispo, Viegas, D’Água e Taquara. A casa é contornada na frente e parcialmente nos lados pelo avarandado, sendo que o frechal de madeira do telhado se apoia diretamente nas colunas toscanas de alvenaria de tijolos. O corpo da frente, avarandado, assenta sobre embasamento utilizado como porão habitável. Nos fundos, quartos e cómodos de serviço são dispostos em torno de um pátio interno com poço, que também é contornado por avarandado de colunas toscanas, estas mais simples do que as das fachadas. A capela dedicada a Sant’Ana fica mais afastada da casa mas dentro do mesmo recinto murado. Trata‐se de capela com copiar, torre única, nave e capela‐mor. O retábulo de meados do século XVIII tem três nichos, onde ficavam as imagens de Sant’Ana, São Joaquim e São José. Nas laterais temos painéis de azulejos representando Sant’Ana Mestra, à esquerda, e Sant’Ana e São Joaquim, à direita. Os historiadores atribuem 1760 como a data provável de construção do conjunto.