Fazenda Santa Cruz e Ponte dos Jesuítas

Fazenda Santa Cruz e Ponte dos Jesuítas

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Habitação

A origem da fazenda é a doação aos jesuítas de parte da sesmaria de Guaratiba, feita pela viúva de Cristóvão Monteiro, no ano de 1589. Inicialmente com a extensão de quatro léguas em quadra, iria sendo ampliada até 1656, quando atinge as dimensões definitivas de dez léguas em quadra. Os jesuítas desenvolveram atividades diversificadas nesse imenso latifúndio. Além da criação de gado em larga escala, produzia‐se arroz, mandioca, feijão e uma série de produtos manufaturados. A sede da fazenda localizava‐se no alto de uma colina com as construções dispostas em torno de um grande terreiro onde se erguia um cruzeiro. Igreja e residência dominavam um dos lados do terreiro, obedecendo à disposição tradicional da quadra: igreja num dos lados e a residência compondo os três outros. Com a expulsão dos jesuítas e a vinda da corte em 1808, a fazenda é transformada num dos palácios do príncipe regente e depois dos imperadores brasileiros. Recebe mais uma ala, ficando a igreja no centro da composição. Bastante alterado posteriormente, hoje abriga instalações militares. A chamada "ponte dos jesuítas" era na realidade uma represa. Os jesuítas abriram um canal entre os rios Guandu e Itaguaí para facilitar a circulação e a irrigação dos campos de arroz. Construíram sobre este, em 1752, uma ponte de cantaria com arcos desiguais. Obra do padre Pedro Fernandes, os arcos funcionavam como comportas que, quando a enchente vinha, eram fechadas, obrigando água a refluir. A parte superior da ponte/represa é marcada por uma série de colunas, tendo no meio um frontão em cantaria com a data de 1752.

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