Solar Grandjean de Montigny
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Habitação
Grandjean de Montigny projetou e construiu para si uma residência fora da cidade, nas cercanias do Jardim Botânico, alguns anos depois de haver chegado com a chamada Missão Artística Francesa em 1816 patrocinada por D. João VI. Ele adota um volume concentrado, isto é, uma construção quadrada de nítida inspiração palladiana, seguindo a tradição neoclássica francesa de meados do século XVIII. Uma pequena villa, muito semelhante no seu volume ao pavilhão que havia feito para o irmão de Napoleão Bonaparte na Vestfália, alguns anos antes. Uma base quadrada com um semi‐círculo saindo do lado dos fundos e que no interior corresponde nos dois pisos a um grande salão redondo. Na frente, um avarandado em "U" nos dois pisos, com a superposição de colunatas toscanas, criando na casa um ambiente mais adequado ao clima tropical. Outro elemento de gosto italiano adotado pelo arquiteto é a solução do terrapleno onde está assentada a casa. Pavimentado com tijoleira, tendo como acesso uma escadaria central de base circular e nas laterais vãos de arco pleno em cada lado para o acesso ao porão. A casa foi restaurada de 1958 a 1962, quando foram recuperadas as varandas que se encontravam emparedadas e os compartimentos internos originais.