Antigo Arsenal de Guerra, Casa do Trem e Remanescentes do Forte de Santiago (Museu Histórico Nacional)

Antigo Arsenal de Guerra, Casa do Trem e Remanescentes do Forte de Santiago (Museu Histórico Nacional)

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Arquitetura militar

A ocupação da pequena península junto ao Morro do Castelo, que ficou conhecida como Ponta do Calabouço, inciou‐se em 1567 com a instalação de uma bateria denominada de Santiago. Em 1603, obras de ampliação transformam a bateria num forte. A partir de 1693, o Forte de Santiago passa a funcionar também como calabouço e assim passa a denominar aquela região da cidade. Resta visível do forte apenas um trecho da sua cortina amuralhada. As casas do trem eram edificações destinadas à guarda de armamentos (o trem da artilharia) dos quartéis e fortalezas. O Rio de Janeiro da primeira metade do século XVIII já contaria com uma, de acordo com planta de 1750 que assinalava esta junto ao Forte de Santiago. Porém, os estudiosos consagram a data de 1762 como da construção da Casa do Trem, por ordem do governador conde de Bobadela, sendo seu projeto atribuído ao brigadeiro Alpoim. O edifício é um sobrado com um segundo piso nas extremidades, dando‐lhe ares de torreões. Era na época uma construção de proporções avultadas para a cidade. Apesar disso, foi considerado inadequado pelo sucessor de Bobadela, pois seus portões de acesso não eram largos o suficiente para receber material bélico de grandes dimensões. Neste sentido, em 1764, com a elevação da cidade a sede do vice‐reino do Brasil, é construído entre a Casa do Trem e o Forte de Santiago um conjunto de edificações em "U", formando um pátio retangular com arcada de sete vãos, destinado ao Arsenal de Guerra. O pátio será fechado posteriormente com muro e largo portão, passando a ser denominado de Pátio de Minerva. Ali eram reparados os armamentos e fabricadas as munições. Suas fundições não se restringiram ao material bélico e também produziram as peças de bronze dos chafarizes da cidade. O complexo foi adaptado para a exposição do centenário da independência do Brasil em 1922, sendo acrescido por diversas construções neocoloniais. O conjunto de edifícios do Arsenal de Guerra, Casa do Trem e Forte de Santiago compõe hoje o Museu Histórico Nacional.

Loading…