Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia
Mangaratiba, Rio de Janeiro, Brasil
Arquitetura religiosa
A vila se origina do aldeamento que Salvador Correa de Sá e Benevides implantou, junto com jesuítas, no século XVII, numa praia na baía de Angra dos Reis. Mangaratiba significa abundância de mangarás, isto é, a batata da bananeira. Os jesuítas se instalam numa fértil planície junto a um promotório, onde erguem em 1688 um templo dedicado a Nossa Senhora da Guia. A construção da atual Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia só foi acontecer na segunda metade do século XVIII, por obra dos carmelitas, que se tornaram párocos da aldeia depois da expulsão dos jesuítas, tendo sido iniciada pelo padre Salvador Francisco Nobre e concluída, uma década depois, pelo padre Joaquim da Silva Feijó. A igreja destaca‐se pelo revestimento da fachada e torre com azulejos portugueses, provavelmente do século XIX. Interessante também o tratamento do frontão, recortado por curvas e contra‐curvas, e do coroamento da torre por cúpula facetada. No interior chama a atenção o forro em abóbada de berço em madeira, o lustre de prata e a imagem de Nossa Senhora da Guia. Em frente à igreja, no meio da praça, está o cruzeiro de pedra da época da ocupação inicial da região.