Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária

Itú, São Paulo, Brasil

Arquitetura religiosa

A atual Igreja Matriz de Itú ocupa o terreno onde, em 1610, Domingos Fernandes mandou erguer a capela dedicada a Nossa Senhora da Candelária. Em razão do aumento populacional do povoado, houve a necessidade de uma nova construção que melhor atendesse às necessidades da comunidade, já uma freguesia desde 1653. Segundo Percival Tirapeli, com base no historiador ituano Francisco Nardy Filho, em 1669 foi construída a primeira Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, passando a antiga capela a se chamar Capela do Senhor Bom Jesus. Em 1780 foi inaugurada uma nova igreja, obra de iniciativa do padre João Leite Ferraz, tendo sido contratados os serviços do construtor José de Barros Dias, de Sorocaba. Diversas reformas foram realizadas no prédio, datando de 1831 a construção do campanário, no centro do frontispício. A estrutura do campanário passou por nova reforma em 1843, quando um raio danificou a torre. Em 1888, a torre e o frontispício passaram por obras dirigidas pelos engenheiros Ramos de Azevedo e António Francisco de Paula Souza. Em 1896, o retábulo‐mor e os dois retábulos do cruzeiro receberam douramento. No início do século XX, seguiram‐se diversas reformas em sua estrutura. A Matriz de Nossa Senhora da Candelária possui no interior representativos exemplares da talha paulista, realizados entre os séculos XVII e XIX, concentrados nos retábulos, púlpitos e tribunas. De real interesse é a talha do altar‐mor. Igualmente digna de apreço é a pintura do teto da capela‐mor, restaurada em 2002, de autoria de José Patrício da Silva Manso e de seu discípulo, Jesuíno Francisco de Paula Gusmão, conhecido como Frei Jesuíno do Monte Carmelo, que trabalhou na Matriz entre 1771 e 1795. Foi classificada pelo IPHAN em 26 de dezembro de 1938, e pelo CONDEPHAAT, ex‐officio, em 4 de agosto de 1982.

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