Vila de Ribeirão da Ilha (Florianópolis)
Ilha de Santa Catarina , Santa Catarina, Brasil
Habitação
Entre os locais escolhidos para povoação dos açorianos estavam as terras ao sul da ilha, que ficaram denominadas de Ribeirão. Ali se instalam, já em 1748, cerca de 50 casais. A freguesia vai ter origem na capela que, no ano de 1763, o açoriano Manoel de Vargas construiu para a família e dedicou a Nossa Senhora da Lapa. Ela será elevada a freguesia por alvará régio de 1809. O povoado do Ribeira tem desenvolvimento linear, consistindo num caminho que margeia o litoral nas abas da montanha da Pedreira do Ribeirão, ponto culminante da ilha. A capela foi construída num ponto mais alto, bastante recuada em relação ao caminho, configurando uma praça/adro estreita e comprida até o mar. As recomendações régias de 1747 influenciaram a disposição da igreja na praça, com medidas menores que aquelas estabelecidas no édito real. A partir da capela, uma segunda artéria, a Rua Marcelino Dutra, se desenvolve em paralelo ao caminho do mar. A pequena igreja é composta de nave única e capela‐mor, repetindo em versão popular, na solução da fachada - frontão triangular, única porta e duas torres por sobre o frontão -, o risco de Silva Paes para a Matriz de Nossa Senhora do Desterro, principal igreja da ilha. Junto à igreja existe um império, como nos povoados açorianos. O da Vila do Ribeirão é uma construção simples de duas águas, tendo no meio da empena um círculo em massa representando o sol e uma única porta. O casario de Ribeirão é térreo, implantado ao longo do alinhamento das ruas com fachadas frontais de porta e janelas, ou só de janelas.