Igreja de Santo António
Guaratinguetá, São Paulo, Brasil
Arquitetura religiosa
A implantação do edifício sobre uma colina confere‐lhe destaque em meio à paisagem urbana. O antigo povoado de Santo António de Guaratinguetá foi elevado à condição de freguesia em c. 1630, e de vila em 1651. A capela primitiva data de 1630, mas sofreu muitas alterações ao longo do tempo. O edifício em taipa de pilão, de 1701, foi ampliado em 1773 e 1780, recebendo as feições que se mostram no desenho de 1817 do austríaco Thomas Ender, ostentando apenas uma das torres completa. Sua atual configuração deve‐se à grande reforma de 1822‐1847 e ao alteamento da torre em 1913, quando também foram abertos os nichos para os evangelistas na fachada. Externamente, a igreja é de linguagem eclética, rica em detalhes, mas com nítida desproporção, fruto de tão variadas reformas. Todas as janelas e envazaduras são guarnecidas por emolduramento de gosto neoclássico. A verticalidade da fachada da igreja é acentuada pelas torres. O frontão triangular é rígido e está comprimido entre elas, assente sobre a cimalha que corre por toda a fachada frontal e lateral da igreja. Internamente, apresenta três naves separadas por arcos de volta inteira, altares na nave principal e nas laterais, e altares no transepto, demarcado por arco pouco menor que o arco‐cruzeiro. A capela‐mor tem tribunas com janelas de peitoril e teto com pinturas e aplicações de entalhes. No altar‐mor, quatro colunas neoclassicistas dividem os intervalos reservados para dois nichos e a abertura para o arco do trono, coroado por raios que representam o Espírito Santo.