
Casa e Capela do Engenho do Colégio dos Padres Jesuítas
Campos dos Goitacazes, Rio de Janeiro, Brasil
Habitação
As terras da Fazenda do Colégio foram doadas aos jesuítas em 1648 por Salvador Correia de Sá e Benevides, então governador do Rio de Janeiro. Inicialmente os jesuítas não tinham residência fixa na fazenda e só em 1690, após conflitos na região, é que iniciam a construção da residência. Nesta data padre Pedro Leão, natural do Rio de Janeiro, e o irmão Lourenço Gonçalves, natural da cidade do Porto, ficaram responsáveis pela obra que se prolongou até pelo menos 1716. O Engenho do Colégio teve notável papel para a ocupação portuguesa da região. Foi a principal fonte de renda do Colégio do Rio de Janeiro. Com a expulsão dos Jesuítas do Brasil em 1759, a fazenda foi leiloada e adquirida pelo coronel de milícia Joaquim Vicente dos Reis. A construção segue o partido em quadra característico dos colégios e residências jesuítas. Residência e Igreja foram construídas em alvenaria de tijolo, com espessura de 70 cm. Os vãos da residência têm moldura de pedra no térreo e madeira no segundo piso. Na medalha do frontão da Igreja estão indicadas as datas de reformas realizadas em 1803 e 1934, e que devem ter configurado o atual aspecto da fachada. Objeto de litígio entre o Estado e os antigos proprietários, o conjunto ficou arruinado na década de 1980, tendo sido objeto de uma extensa restauração na década seguinte para adaptá‐lo como sede da Escola de Cinema da Universidade do Norte Fluminense. Infelizmente não foi possível recuperar o valioso altar, em estilo nacional português, da capela‐mor, obra atribuída ao Irmão Lourenço Gonçalves.