Mambucaba, Conjunto Arquitetónico e Paisagístico

Mambucaba, Conjunto Arquitetónico e Paisagístico

Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil

Arquitetura religiosa

No lugar onde hoje se localiza a vila havia, segundo Hans Staden, uma aldeia indígena, onde passou uma parte do seu cativeiro nas mãos dos tupinambás. O significado original do nome de Mambucaba é relativo a passagem ou abertura, em alusão a que subindo o rio se alcançava uma das trilhas usadas pelos índios para ultrapassar a Serra do Mar e chegar ao planalto. Derrotando os índios tupinambás da região, os portugueses começam lentamente a ocupá‐la no decorrer do século XVII. Francisco Silvestre e Lucas Geraldes, considerados seus primeiros colonizadores, recebem uma sesmaria de meia légua a partir de cada margem do Rio Mambucaba. Desenvolve‐se na região a pesca e beneficiamento das baleias. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi edificada antes de 1757, pois nessa data já figurava em documento da Câmara de Angra, em que são relacionadas as igrejas da vila. Sua construção é atribuída ao capitão Manoel de Carvalho, tendo sido iniciada ainda no século XVII. Acredita‐se que é dessa época inicial a imagem da padroeira em terracota, obra excepcional do século XVII, da autoria do chamado Mestre de Angra. A fachada apresenta acentuado sentido vertical, sendo ladeada por torre sineira robusta. Internamente, as talhas de fatura singela são obras do século XIX. A igreja fica no extremo da vila. Do seu largo sai a rua principal, com casas térreas e poucos sobrados orga‐ nizados em quadras. Em 1808, o povoado é elevado à condição de freguesia. No século XIX alcançará maior desenvolvimento, como porto escoador do café produzido na região do vale do Paraíba. Hoje, o pequeno povoado vive do turismo balneário.

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