Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil
Arquitetura religiosa
Em 1625, os vereadores da vila de Nossa Senhora da Conceição da Ilha Grande pedem autorização para construírem a sua igreja matriz. As obras se arrastam e várias vezes a câmara da vila solicita a ajuda da coroa portuguesa, que em 1704 contribui com a quantia de duzentos mil réis. Apesar dos esforços da cidade, a igreja só foi concluída em 1749. Com a obra pronta, D. José I, rei de Portugal, doou para a vila a pia de mármore que se encontra na sacristia. Em relação à imagem de Nossa Senhora da Conceição existente na igreja, reza uma lenda que, tendo sido feita em Portugal, veio encomendada para uma igreja em outra cidade, numa nave que aportou em Angra. A santa foi muito reverenciada pela população da vila. Quando a tripulação da nave resolveu levantar velas e partir não conseguiu sair da baía da Ilha Grande, tendo que retornar três vezes em razão das tempestades repentinas que surgiam toda vez que a nave se afastava da cidade. Os marinheiros perceberam que a santa não queria sair de Angra e venderam‐na à Câmara pela quantia de 30 mil réis. É a maior igreja da cidade. Possui uma fachada bastante singela, com porta única e duas janelas na altura do coro. O frontão, mais recente que o resto da igreja, tem um desenho de curvas bem simplificado. A torre sineira localiza‐se à esquerda e é encimada por pirâmide de alvenaria, circundada por pináculos. Foi objeto de uma grande restauração, a partir de 2005, que identificou nos altares laterais a pintura rococó original, de grande interesse e colorido pouco comum ao estilo.