Casa e Capela do Sítio de Santo António

Casa e Capela do Sítio de Santo António

São Roque, São Paulo, Brasil

Habitação

Fernão Pais de Barros mandou construir, por volta de 1640, a sede da fazenda e, posteriormente, a capela, originalmente oratório, segundo licença solicitada em 1681. O partido é típico das casas ditas bandeiristas, destacando‐se das demais pelo equilíbrio de suas proporções e pela localização da capela, edificada separada da sede. Estas duas edificações foram construídas em taipa de pilão sobre embasamento de pedra. A capela possui um campanário de pedra revestido de barro, com cobertura em quatro águas, protegendo um único sino. Sua fachada é alpendrada, e nela vêem‐se janelas com treliças losangulares. O interior é um dos mais belos exemplos da arquitetura paulista. Apresenta nave única, separada da capela‐mor pelo arco‐cruzeiro. Nela ainda se conservam os três retábulos - um da capela‐mor e dois laterais. Os altares laterais são enta‐ lhados à moda plateresca. Em seu interior sobressaem também o púlpito com águia bicéfala (símbolo dos Habsburgo) e as pinturas em "brutesco" da nave e capela‐mor. Destacavam‐se igualmente os anjos tocheiros antropomórficos, de inspiração africana. Na sacristia, os elementos decorativos se repetem. No final do século XIX, essas terras passaram ao barão de Piratininga, e depois de sua morte foram adquiridas por Mário de Andrade em 1945. Casa e capela foram classificadas pelo IPHAN em 22 de janeiro de 1941, e ex‐officio pelo CONDEPHAAT, em 11 de dezembro de 1974. Em 1962, quando Mário de Andrade veio a falecer, foram doadas ao IPHAN, merecendo amplo restauro de Luís Saia.

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