Capela de Santana (Engenho Gargaú)

Capela de Santana (Engenho Gargaú)

Santa Rita, Paraíba, Brasil

Arquitetura religiosa

Ambrósio Fernandes Brandão, autor dos Diálogos das Grandezas do Brasil, fundou o Engenho Gargaú com as terras da sesmaria que obteve em 1613. O engenho era movido a água, possuía um pequeno porto, e funcionou até cerca de 1920. Há registos de sua capela desde o período holandês, mas a atual construção, por suas características formais, é do último quartel do século XVIII. Por causa do brasão na fachada, Barbosa equivocadamente a vinculou a Duarte Gomes da Silveira (morto em 1644). Mas, como demonstra Ramos, a propriedade só pertenceu a esta família em meados do século XIX. A composição do frontispício guarda relações com a Capela da Graça (apesar das origens diversas) e com a Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens (destruída), ambas em João Pessoa. A sua cantaria é a melhor das capelas de engenho paraibanas, merecendo destaque o arco‐cruzeiro, o púlpito e, no exterior, a modenatura e os guarda‐corpos. As galerias laterais de dois andares, previstas na construção, nunca chegaram a ser construídas. Abandonada em meio ao canavial, a capela teve suas peças de marcenaria e talha roubadas em 2003.

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