
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Olinda, Pernambuco, Brasil
Arquitetura religiosa
No ano de 1580 os frades carmelitas chegaram a Olinda, recebendo na oportunidade em doação uma capela cujo orago era Santo António. Logo iniciaram convento e igreja. Em 1630, quando da invasão dos holandeses em Pernambuco, a obra se encontrava inacabada. Assim o conjunto pode ser visto em panorama de Olinda do pintor Frans Post (1637‐1644), que pertence ao Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro. Trata‐se de igreja de nave única e capelas intercomunicantes, quatro de cada lado e duas maiores marcando o transepto. É obra delineada no gosto do maneirismo português e obediente ao Tratado de Giacomo Vignolla. Na construção dessas capelas e nas demais partes da igreja se empregou pedra calcária do lugar com excelente feitura. Sua fachada pertence a dois momentos das obras: um primeiro riscado, segundo o gosto das fachadas retabulares das igrejas espanholas do século XVI, e outro que se regeu pelas formas do barroco português. As torres foram iniciadas antes da presença holandesa. Um altar em pedra tem belo retábulo maneirista e se encontra sob a capela da torre do lado do mar. Um retábulo rococó orna a capela‐mor e por detrás da talha deste se encontra um anterior pintado. No transepto, outro retábulo de gosto rocaille oculta um pintado na segunda metade do século XVII. O convento, monumental, foi demolido nos primeiros anos do século XX.