Lat: 25.610411004310000, Long: 56.274596992075000
Diba al Hisn [Doba, Dibba]
Golfo Pérsico | Mar Vermelho, Emiratos Árabes Unidos
Enquadramento Histórico e Urbanismo
Arquitetura militar
Lat: 25.610411004310000, Long: 56.274596992075000
Arquitetura militar
Espaço externo descoberto (urbano) localizado em frente ou em torno a uma igreja.
Terraço, eirado ou plataforma sobre um edifício.
Caminho atrás do parapeito, ao longo da parte superior de uma muralha de fortificação ou paliçada; por extensão também designa a própria muralha ameada.
Tijolo grande seco ou cozido ao sol, por vezes acrescido de palha ou ervas para lhe aumentar a resistência.
Espaço sacro ao ar livre, localizado em frente e/ou em torno a uma igreja, o qual pode ter desempenhado ou desempenha ainda funções cemiteriais; na Índia surge frequentemente delimitado por um cruzeiro num dos extremos opostos à igreja.
Povoação ou acampamento mourisco.
Figura de direito que implica a transferência do domínio útil e perpétuo de um imóvel mediante pagamento de um foro anual certo e invariável; enfiteuse. Trata-se de uma das bases jurídicas de gestão do solo urbano no período colonial, e fonte de financiamento das câmaras municipais, que detinham parte dos terrenos da vila, ou cidade, para aforar.
Abastecimento de água doce para consumo dentro de embarcações.
Face inclinada dos muros de arrimo e dos embasamentos em construções, também designada por escarpa, jorramento ou jorro; por vezes, usa-se a palavra como sinónimo de talude.
Castelo ou fortaleza, normalmente integrando a residência do comandante militar.
Povoação de índios com direção ou administração exercida por missionários.
Objetos de culto e paramento das igrejas (naveta, cálice, candelabros, etc.). O mesmo termo também se usa para identificar genericamente qualquer móvel ou utensílio de uma casa, ou de uma instalação rural (alfaia agrícola).
Canalete de recolha e escoamento das águas pluviais.
Dinastia berbere de Marrocos (1145‐1269).
Dinastia berbere de Marrocos (1061‐1147).
Sede edificada e funções do almoxarife (do árabe almuxrif), na Idade Média um administrador de certas propriedades da Casa Real, ou o seu tesoureiro. O termo persistiu de modo abrangente, significando também o lugar e a função do cobrador de impostos nas áreas de Expansão ultramarina.
Área semiaberta, fronteira, lateral ou em torno de um edifício, coberta, por regra, com telhado de uma só água ou por um sistema de terraço; cobertura que é apoiada de um lado sobre arquitraves ou arcos suportados por colunas ou pilares e do outro na(s) parede(s) exteriores do edifício do edifício; elemento com funções diversificadas como descanso e lazer, vigia, serviços, proteção contra a chuva, etc., mas que constitui sempre uma zona de transição entre o exterior e o interior; em determinadas regiões é mais comum o uso, com a mesma finalidade, do termo varanda que, contudo, tem um significado diverso.
Aglomeração por justaposição de tijolos, adobes e/ou pedras sem aparelho, ligadas por argamassa, usada para a construção de paredes e muros; quando não é usado qualquer ligante designa-se por alvenaria seca ou insossa.
Sistema construtivo que emprega na sua constituição a pedra “canga”, uma formação laterítica criada pela oxidação do ferro que existe em determinadas paisagens de cerrado no Brasil, em especial no Mato Grosso.
Elemento maciço em pedra que coroa o topo das muralhas, tendo por função proteger as tropas. Pode assumir diferentes formatos, ainda que maioritariamente seja retangular. O parapeito entre as ameias é denominado por aberta.
Restauração de monumento(s) ou construções em que se reagrupam as partes arruinadas utilizando-se, se necessário, novos materiais.
Móvel de madeira com gavetões, geralmente de grandes dimensões, utilizado na sacristia das igrejas para a guarda de paramentos e objetos litúrgicos.
Mistura hidráulica de inertes (areia) com ligantes (cal e/ou cimento) que serve para criar adesão entre os elementos de uma alvenaria ou para a revestir ou rebocar.
Em geral, pedaço de terra de cultivo em Angola. As primeiras povoações coloniais no interior angolano, sitas junto aos cruzamentos das rotas comerciais terrestres e fluviais, originaram os arimos, pequenas propriedades de dimensões variadas, localizadas normalmente junto de rios e próximo dos mercados que abasteciam.
Pequeno povoado fortificado, cercado por paliçada de estacaria (as “aringas”). De origem indígena, continha habitações tradicionais, em Moçambique (séculos XVII‐XIX). O termo “aringa” refere‐se especificamente às fortificações principais dos estados indígenas do vale do Rio Zambeze.
Parte reta e horizontal da estrutura arquitetónica da ordem clássica, assentando nos capitéis das colunas ou pilares, que integra o conjunto do entablamento, o qual é também constituído pelo friso e pela cornija; remata superiormente os vãos, e é normalmente em pedra.
Viga mestra de uma armação de madeira; na arquitetura clássica é a parte inferior do entablamento e assenta sobre capitéis, rematando superiormente os vãos, sendo normalmente em pedra.
Moldura que acompanha as aduelas de uma arcada.
Instalações iniciais dos acampamentos de mineiros que se converteu em sinónimo de povoação na região das Minas Gerais. Utiliza-se ainda a mesma palavra para identificar os locais onde são realizadas festividades populares, feiras ou outras instalações de carácter provisório ou temporário.
Estrutura viária das povoações. Utiliza-se a palavra para identificar tanto o acto ou efeito de arruar, isto é, traçar, marcar e abrir ruas, assim como a própria disposição e distribuição das mesmas ruas. Vinculados à ação de arruar estavam os arruadores que aparecem assim identificados como funcionários em várias câmaras municipais do Brasil no período colonial.
Viga espacial armada da estrutura de uma cobertura inclinada; pode ter várias formas, mas a mais vulgar é composta por duas pernas paralelas aos planos da cobertura que se juntam num vértice superior sob o cume (pendural), sendo que inferiormente são ligadas por um tirante horizontal (linha); o sistema é travado por escoras que ligam o meio das pernas à base do pendural.
Torre erguida num local que permite vigiar uma área considerável de território e/ou mar.
Num entablamento é a faixa baixa, acima da cornija, que esconde o nascimento do telhado; está no prolongamento vertical da fachada, servindo-lhe de remate; por extensão dá-se o mesmo nome à parte lisa que coroa uma ordem arquitetónica e à platibanda que encima a parede.
Parapeito corrido, rematando e servindo de guarda-corpos a alpendres, varandas, escadas, vãos e divisórias, mas também coroando, sobre a cornija, a parte superior de um ou mais alçados de um edifício; é formada por um conjunto de elementos decorativos verticais, seriados – os balaústres – ligados superiormente por um elemento horizontal corrido (imposta ou corrimão); os balaústres podem ser torneados, figurativos, etc.
Plataforma saliente de uma fachada, normalmente com balaustrada e sustentada por cachorros, pilares ou colunas.
Elemento semelhante a um dossel formado em edícula, quando adossado à parede, ou em templete, quando isolado, composto por colunas ou pilastras, arcos ou arquitraves e cobertura plana ou em cúpula; serve de abrigo e realce a um trono ou a um altar.
Construção saliente de uma fortaleza, redonda ou não, para reduzir os ângulos mortos de tiro e vigia sobre os sitiantes; é característico da fortificação abaluartada e destaca-se nos ângulos salientes e em outros pontos vulneráveis das duas cortinas contíguas.
Povo, grupo ou comunidade presente na África Oriental. Habitante(s) do Baluchistão (Irão)
Indivíduos que tomaram parte nas expedições de exploração do interior do continente e que foram os desbravadores das zonas de mineração. O termo associa-se, via de regra, aos habitantes da capitania de São Paulo (paulistas) que tiverem papel preponderante neste processo.
Grupo ou comunidade com origem indiana (Guzarate), pertencente à casta dos comerciantes, fixado também na costa norte de Moçambique.
Muro construído fora das muralhas e por baixo delas, em regra para proteger os baluartes ou uma trincheira.
Muro baixo construído no exterior da muralha da cerca, próximo desta, formando nova cerca completa, apenas limitada a uma parte da mesma ou simplesmente às portas, e destinado a uma primeira defesa; poderá também denominar-se barreira; o espaço entre a barbacã e a cerca constitui a liça.
Embarcação de origem mediterrânica, maior que a barca, de proa alta e recurvada e popa redonda. Tinha um ou dois mastros, leme grande, cesto de gávea e vela redonda. Na falta de vento podia armar remos.
Trincheira avançada, com dois flancos e duas faces, que serve de anteparo ao ângulo saliente de uma fortaleza.
Parte inferior de uma cobertura que se projeta para fora da parede exterior de um edifício para a proteger, podendo ser um seu prolongamento ou apenas telhas em balanço.
Betão armado, deixado na edificação em que foi aplicado com a expressão do próprio material, na sua textura irregular e acinzentada, sem qualquer revestimento ou pintura. Foi solução característica da arquitetura moderna dos anos 1960‐1970.
Betão armado especial, com uma resistência estrutural mais elevada do que o normal, devido ao tratamento realizado no aço nas armaduras do seu interior. Utiliza‐se frequentemente para obter coberturas mais amplas, sem a necessidade de aumentar os apoios internos intermédios.
Versões portuguesas do termo holandês (boer) para o camponês colono sul‐africano de proveniência holandesa, que praticou uma “colonização branca”, etnicamente autónoma, a partir da Cidade do Cabo e no quadro da ocupação do território envolvente pelas Províncias Unidas, no século XVII. Participaram na colonização do sul de Angola, no Lubango, no fim do século XIX.
Peça de artilharia.
Cada um dos intervalos que separavam as ameias e nos quais se colocava a parte anterior da bombarda.
Unidade de medida que corresponde a dez palmos (cerca de 220 cm).
Elemento de forma linear, vertical ou horizontal, em metal ou fibrocimento, que, colocado sequencialmente sobre ou junto às frontarias, se destina a protegê‐las, e aos correspondentes interiores, da excessiva incidência solar. Pode ser de tipo fixo ou móvel, rodando sobre si neste último caso, o que, numa série de vários destes elementos justapostos, permite ocultar toda a área abrangida da fachada. Foi aplicado e divulgado por Le Corbusier, e difundiu‐se um pouco por toda a arquitetura moderna.
Sistema de cabos de aço, enfeixados como cordas, para suporte estrutural das chamadas “obras de arte” da engenharia, com peças de grande peso, como sucede na sustentação dos tabuleiros das pontes metálicas.
Prolongamento em beiral, para além do plano exterior de uma fachada, das peças da estrutura de uma cobertura em madeira (barrotes), sendo que são frequentemente lavradas com expressão ornamental; por extensão também identifica as peças de pedra ou madeira que, como cunhas de consola, servem de suporte a cornijas, cimalhas, balcões, sacadas e varandas.
Elemento estrutural de um telhado, peças de madeira dispostas a intervalos regulares e paralelas umas às outras, onde se sustentam as ripas; peças de madeira que formam a armação para o assentamento das tábuas de um assoalho, forro, etc.
Percurso ao longo de uma muralha resguardado dos tiros do inimigo.
Espingarda; navio com canhões; também se diz da abertura da abertura da muralha para assestar e disparar canhões.
Bairro popular, com casas de construção em materiais locais, dos arredores da “cidade dos brancos”, na fase colonial, em Moçambique.
Parte superior e mais ornada de uma coluna, pilastra ou pilar, assumindo expressões muito diversas e uma multíplice complexidade.
Placas de concha de ostra dispostas de forma sequenciada em caixilhos de vãos, por forma a permitirem a entrada de luz, sendo uma forma de substituição do vidro ou vidraça.
Carpinteiro.
Grande navio para transporte de mercadorias.
Documento/manifesto, elaborado por um coletivo de arquitetos (sob a égide de Le Corbusier) em 1933, contendo a enunciação das regras fundamentaisda arquitetura e do urbanismo modernos.
Órgão de ordenação e fiscalização das receitas e despesas.
Casa ou subterrâneo com abóbada situada nos muros e, muitas vezes, nos flancos dos baluartes para alojar peças de artilharia; também se usa para designar a bateria de defesa do fosso.
Unidade territorial resultante da divisão administrativa de alguns dos territórios hindustânicos.
A parte mais elevada do castelo.
Pequena embarcação, em regra tripulada por um homem.
Processo de conservação da carne bovina. A carne é cortada em mantas, salgada e seca ao sol ou por processos afins. Chama-se também carne-seca, jabá, carne-do-sertão.
Armação para sustentar o cimento até solidificar.
Elemento arquitetónico vertical de suporte, de secção circular, em regra composto por três partes: base, fuste e capitel; assume as formas, texturas, proporções e expressões mais diversas.
Pequena coluna.
Elemento projetado horizontalmente no espaço a partir de uma parede ou elemento vertical no qual se apoia, podendo descarregar numa Mísula, Cachorro ou modilhão.
Maciço saliente ou pilar, em alve- naria ou cantaria, embebido numa parede para a reforçar ou contrapor a pressão interior, por exem- plo do impulso de uma abóbada.
Sistema pelo qual as cargas estruturais são travadas, consolidadas ou equilibradas.
V. Alpendre.
Elemento saliente e contínuo que remata a parte superior de uma parede ou muro, no qual podem assentar, quando exista cobertura, os seus frechais ou barrotes.
Conjunto de edifícios, justapostos e sequenciais, dispostos em sequência linear segundo um módulo-tipo.
Paramento de uma muralha compreendido entre duas torres, baluartes ou bastiões.
Remates piramidais de torres e campanários, muitas vezes revestidos a telha ou azulejo.
Torre(s) e/ou percurso avançado(s) de uma fortaleza, destacado e ligado a esta por muralhas, destinado a evitar a tomada de um ponto considerado essencial à defesa, ou a proteger locais importantes e vulneráveis, como, por exemplo, um poço e/ou o seu acesso; era exclusivo da fortificação hispano-árabe, mas acabou sendo adotado em algumas construções cristãs ibéricas./p>
Além do significado mais comum e imediato, dentro de uma igreja significa o espaço que resulta do cruzamento da nave única ou central com o transepto; precede imediatamente a capela-mor.
Torreão; por vezes também se usa para designar um baluarte, ainda que a dimensão deste seja superior.
Ângulo saliente formado pelo encontro de duas paredes, constituindo pontos fracos de uma construção que por isso exigem materiais e dispositivos construtivos de maior qualidade e complexidade; foi frequentemente aproveitado para a introdução de efeitos estruturalmente expressivos e/ou decorativos.
Estrutura ferroviária elementar, nas ruas dos pequenos meios urbanos, para circulação de pequenos carros com rodas metálicas, de tração manual, utilizados em Moçambique na transição do século XIX para o XX.
Designação da região e de uma comunidade específica, originalmente sita entre os rios Lombije e Zenza, no interior de Angola.
Torre de menagem.
Embarcação grande, usada pelos bizantinos até meados do século XV. Estes navios influenciaram decisivamente a construção naval em todos os estados do Mediterrâneo nos finais da Idade Média, inclusive os do mundo árabe.
Paredes laterais que fecham em ângulo ou formam o vértice do frontão de um edifício; parede de um edifício terminada em ângulo.
Remate ou parte superior de uma ordem arquitetónica composto por três partes, a saber, de baixo para cima: arquitrave, friso e cornija.
Parte térrea ou subterrânea das casas da câmara e cadeia, onde funcionavam as prisões; p. ext., qualquer masmorra, calabouço, ou quarto insalubre.
Tipo de revestimento em massa fina, composta de gesso e/ou cimento branco, cola e tintas em pó que se usava sobretudo para fingir revestimentos de mármore nos interiores das igrejas.
Parede que se dispõe ao lado ou que se prolonga sobressaindo do resto do edifício, geralmente terminada em empena e que tem habitualmente um ou mais vãos que servem para abrigar os sinos.
Conjunto edificado destinado à reunião de bens produzidos na região para serem embarcados para a nação dele detentora; frequentemente dispunha de um sistema defensivo, ainda que primário.
Carta de direitos e deveres concedidos pelo rei aos municípios.
Quantia a ser paga ao senhorio anualmente pela cedência do domínio útil de uma propriedade.
Revestimento interior da estrutura de um teto, que protege e isola termicamente os edifícios. Os forros em madeira podiam ter várias formas. Os mais simples faziam-se planos utilizando o sistema de saia-e-camisa, que emprega tábuas sobrepostas, de modo a que uma fileira cubra os intervalos da outra; ou macho-e-fêmea, em que as tábuas estão encaixadas umas nas outras. Os forros vazados podiam ser ripados ou em treliça. Nos forros planos era comum a conjugação de partes vazadas e partes cerradas. A masseira ou gamela é um tipo de forro de madeira com secção transversal trapezoidal em que os lados normalmente reproduzem as inclinações do telhado de quatro águas. Em igrejas, há vários casos de forros em madeira que simulam a forma de abóbadas.
Viga sobre a qual se apoia a ponta dos caibros ou barrotes na parte mais baixa do telhado, ou seja, no limite superior da parede.
No século XV, designava um barco a remos de pequeno porte, com trinta a trinta e cinco remeiros e que podia transportar um pequeno número de soldados e alguns falcões. Posteriormente, passou depois a identificar um barco de porte médio que armava uma vela latina.
Contorno ou perfil de um elemento arquitetónico; galbo do contrafeito: perfil resultante da introdução do contrafeito, peça que suaviza o ângulo formado pelos caibros do telhado.
Pórtico ou espaço coberto conformado por pilares ou colunas, sob arcos ou arquitraves, adossado à fachada principal de uma igreja em, pelo menos, toda a sua extensão.
V.Forro.
Grade de ripas de madeira, de malha pouco aberta, usada para guarnecer as janelas e portas a fim de impedir que a luz e o calor excessivos penetrassem no interior da casa e que este fosse devassado da rua; para o mesmo tipo de estruturas usam-se ainda as palavras treliça, muxarabi ou rótula (referindo-se às dobradiças colocadas na trave horizontal superior das janelas que serviam para empurrar a grade de madeira para fora, deixando entrar a luz mas mantendo a proteção visual).
Elemento em madeira, ferro ou pedra (balaustrada), que guarnece as escadas e balcões.
Pequena torre frestada nos ângulos dos baluartes para abrigo dos sentinelas.
Ornato composto de formas que se entrelaçam ou cruzam com simetria; tranças.
Tipo de esquadria de janela constituída de duas folhas em que pelo menos uma delas percorre um eixo vertical permitindo a sua abertura.
Palavra de origem holandesa (hornwerk) que se utiliza nas fortificações militares para identificar a obra externa formada por dois meios baluartes ligados por uma cortina. Também se utiliza a expressão obra corna ou cornuta. Quando a obra externa é formada por dois meios baluartes e um baluarte inteiro no centro chama-se obra coroa ou, segundo Manuel de Azevedo Fortes, obra corna coroada.
Estabelecimento onde se dá hospedagem e/ou tratamento a pessoas pobres ou doentes.
Estrado elevado para armazenamento de cereais e utensílios diversos.
É uma descontinuidade ou interrupção na estrutura de uma edificação em ferro, aço ou betão armado, de forma a permitir a sua dilatação cíclica pelos efeitos de variações térmicas.
Residência imponente ou habitação de uma família que, durante muito tempo, funcionaram como castelos fortificados, para pessoas e animais. Em Marrocos, em regra, cada um dos quatro cantos apresenta torres com merlões.
Povo da área noroeste e de Cabinda, em Angola.
Povo e língua vernácula, tradicional de uma parte da população de Angola, no centro‐norte, abrangendo as áreas de Luanda até Malange.
Do alemão, significa excesso, concentração ou acumulação de formas, cores ou outros elementos visuais, normalmente num objeto com pretensão artística, que o torna de expressão exagerada e de mau gosto. Relaciona‐se com a aceleração da massificação dos processos culturais nos séculos XIX e XX, e o correspondente acesso de novas e vastas camadas de público urbano à fruição artística, sem uma correspondente preparação cultural.
Parte abrigada de um porto ou baía, lugar onde se pode fundear com segurança e em qualquer tempo; também se utiliza como sinonímia de lago, ou lagoa de água salgada. Nas Minas Gerais utiliza-se o termo para referir as inundações pelas margens dos rios e na Bahia, na região do Rio São Francisco, para as ilhas aluviais onde são feitas plantações.
Espaço urbano conformado pelo alargamento de uma rua ou do cruzamento de ruas, por regra sem desenho regular.
Designa o soldado indiano ou mouro na Índia (em persa, Laxcari).
Local onde se extrai metal ou pedras preciosas, terreno de mineração e exploração de uma jazida.
Parte superior da moldura dos vãos das construções, em pedra ou metal, assenta na parte de cima das ombreiras, “fechando” o vão, e serve de elemento resistente ao peso do tímpano ou da parede acima. Pode ser reto, curvo, em arco, etc.
Elemento reto que remata superior e estruturalmente um vão, feito de um só elemento em pedra, madeira ou betão; também designado por dintel ou Padieira e Verga.
Designação de uma galeria aberta, apoiada em colunas ou pilares, isolada ou fazendo parte da composição de um plano de fachada de um edifício.
Cada uma das duas vigas em que assenta o tabuleiro das pontes.
V. Forro.
Galeria saliente do castelo e sobre as portas, com aberturas através das quais se podiam combater os atacantes.
Termo árabe que designa a zona central de uma cidade, por regra definida pelo perímetro muralhado, sendo que hoje constituem o seu centro histórico.
Dinastia árabe de Marrocos, que reinou entre 1269‐1554.
Cada um dos elementos que coroa um pano de muralha, determinando os espaços intermédios designados por Ameia.
Nicho da parede da mesquita, onde o imã toma lugar durante a oração, com a face voltada para Meca.
Torre da mesquita, donde o muezim apela à oração. Também almenara.
Instituição composta por uma irmandade de matriz confessional católica, vocacionada para a assistência; surgiram em finais do século XV.
Elemento arquitetónico e estrutural saliente de outro vertical (parede, pilar, coluna) com forma e em situações variadas, normalmente utilizado como suporte de arco, varanda, consola, escultura, etc.
Conjunto de elementos ornamentais, principalmente frisos e molduras, que definem a composição da fachada.
Império que dominou quase todo o subcontinente indiano, abrangendo os atuais Paquistão, Afeganistão, Bangladesh e parte da Índia; fundado em 1526, só terminou em 1857.
Padrão tipológico da casa de moradia. São comuns as referências a meia-morada, morada inteira ou morada e meia, correspondendo cada um dos casos ao desdobramento da tipologia básica de habitação.
Espécie de festival ou festa popular em Marrocos.
Bairro popular, com casas de construção em materiais locais, dos arredores da “cidade dos brancos”, na fase colonial, em Angola.
Grade cerrada de ripas de madeira, usada no guarnecimento de vãos por forma a minorar a invasão da privacidade, bem como a entrada de luz e calor excessivos; para o mesmo tipo de estruturas usam-se ainda as palavras Gelosia, Treliça, Reixa ou Rótula.
Galeria ou pórtico à entrada de uma igreja, inserido no volume desta.
Vão redondo ou oval.
Cada uma das duas partes, laterais e fixas, que sustentam a Verga, Lintel ou Padieira da porta.
Corpo saliente do flanco do baluarte resultante do prolongamento da face, na ligação da face ao flanco, de forma a fazer recuar o flanco que fica diminuído; conforme a sua configuração, o orelhão denomina-se orelhão direito (ou de espalda) e orelhão curvo; pode haver orelhão apenas num dos lados do baluarte ou nos dois; o orelhão destinava-se a resguardar peças de artilharia que atiravam sobre o inimigo, quando este atacava a cortina.
Elemento reto que remata superior e estruturalmente um vão, feito de um só elemento em pedra, madeira ou betão; também designado por dintel ou Lintel e Verga.
Superfície aparente, exterior, de todos os materiais empregados na construção; face à vista, normalmente plana e vertical, de uma pedra de cantaria; quando o paramento tem uma textura grosseira designa-se por aparelho rústico.
Nas fortificações, muro de resguardo que protege ou esconde os defensores; também se usa para os guarda-corpos em pontes e como topo superior do anteparo inferior de uma janela.
Imitação arquitetónica, normalmente com expressão grosseira, de uma edificação anterior ou existente.
Espaço térreo ou calçado, fechado em redor, mas aberto ao céu, situado no interior de um edifício.
V. Taipa.
Pedestal pequeno de ornamentação diversa que serve de base a elementos escultóricos e/ou decorativos.
Coluna de pedra ou de madeira, geralmente ornada, que representa o poder municipal, normalmente implantada em lugares de grande frequência pública, servindo para expor e castigar publicamente criminosos e, em alguma regiões, escravos.
Elemento arquitetónico e estrutural vertical de suporte, de secção quadrangular; na arquitetura clássica é, como a coluna, composto por três partes: base, fuste e capitel; assume as formas, texturas, proporções e expressões mais diversas; noutras gramáticas arquitetónicas pode assumir expressões/secções muito diversificadas, como cruciforme, fasciculada, etc.
Elemento semelhante ao pilar, mas com a característica de se encontrar adossado ou embebido numa parede.
Designação de origem francesa, consagrada pelos escritos e manifestos do arquiteto Le Corbusier (1887-1965), significando o conjunto de colunas e/ou pilares em betão armado (ou aço) para sustentação estrutural dos edifícios modernos no seu nível térreo, o qual nesses casos surge quase integralmente vazado.
Vedação erguida acima do plano da cobertura de um edifício como prolongamento superior da(s) sua(s) parede(s) externa(s) de forma a esconder aquela e a eliminar os beirais; pode assumir a forma de uma balaustrada num entablamento ou um coroamento em cornija com arcaturas, merlões, etc.
Elemento estrutural linear em U invertido, composto solidariamente por um elemento horizontal superior apoiado em cada extremidade por um pilar ou coluna, que suporta um pavimento ou um dos planos da cobertura de um edifício; quando em sequência, formando um percurso coberto, designa-se por galeria porticada.
Unidade territorial resultante da divisão administrativa de alguns dos territórios hindustânicos.
Mercado popular em Angola, realizado ao ar livre, patente por exemplo em Luanda, na área urbana da Baixa, definindo vivências e espaços urbanos tradicionais para venda dos produtos mais variados (a Quintanda Grande de Luanda). A quitandeira era a vendedeira destes mercados (tb. Mazandu).
Corresponde a um elemento de fortificação construído dentro de outro ou outros de maior dimensão, constituindo a instalação extrema, o último recurso da defesa.
Grade cerrada de ripas de madeira, usada no guarnecimento de vãos por forma a minorar a invasão da privacidade, bem como a entrada de luz e calor excessivos; para o mesmo tipo de estruturas usam-se ainda as palavras Gelosia, Treliça, Muxarabi ou Rótula.
Suporte de peça.
Baixio de areia ou de pedra que se prolonga da costa pelo mar dentro.
Expressão usada para identificar o(s) desenho(s) elaborado(s) para a execução das edificações, ou seja, o projecto.
Grade cerrada de ripas de madeira, usada no guarnecimento de vãos por forma a minorar a invasão da privacidade, bem como a entrada de luz e calor excessivos; para o mesmo tipo de estruturas usam-se ainda as palavras Gelosia, Treliça, Muxarabi ou Reixa.
V. Arruação.
Dinastia persa (1501‐1722).
Balanço superior de uma parede interior, geralmente ornado com molduras; elemento que articula as paredes de um compartimento ao seu teto.
Na linguagem técnica da construção, é a parte dos alicerces de uma edificação que é mais espessa do que as paredes e pilares superiores, para seu suporte.
Elemento compositivo consagrado pelo tratadista de arquitetura italiano Sebastiano Serlio, o qual consiste numa articulação proporcionada entre um vão de arco central ladeado por dois vãos de verga reta ao nível do arranque do arco.
Abertura nos planos verticais da muralha, abocinada (isto é, com rasgamento abrindo para o interior) por onde disparavam archeiros, frecheiros e besteiros ao abrigo dos sitiantes.
Pedra aparelhada em forma de prisma retangular (nas paredes e muros) ou de aduela (nas abóbadas), por regra de aparelho pouco cuidado.
Chefe de tribo africana, régulo.
Edifício com mais de um pavimento; por extensão designa também o(s) próprio(s) pavimento(s) superior(es).
Pequena vela do navio sobre a cevadeira.
Superfície inferior de uma porta; por extensão, quando se trata da porta de acesso principal a um edifício, a soleira define o seu nível de implantação de referência, o qual tem a designação de cota de soleira.
Povo e sua língua, característica do Quénia e Tanzânia, estendendo‐se até ao norte de Moçambique (Ibo, Ilha).
Elemento e forma simbólica, significando “a roda da vida”, muito utilizada na decoração aplicada na arquitetura religiosa, nomeadamente nas ilhas atlânticas.
Género musical de expressão popular, tradicional de Cabo Verde.
Sistema construtivo que utiliza como materiais principais a terra e o barro, associados ou não à madeira e à pedra, usado quer para a construção de paredes portantes, quer de divisórias simples; são múltiplas as técnicas e as designações regionais da taipa, as quais decorrem do próprio processo de execução; na taipa de pilão os materiais, devidamente misturados e homogeneizados por processo hidráulico, são introduzidos em formas feitas com taipais de madeira (retirados após a secagem) e prensados com pilões; o pau-a-pique é a designação utilizada para a estrutura constituída por varas de madeira dispostas em linhas verticais e horizontais e amarradas nos cruzamentos, preenchida com barro cru ou barro e pedras; taipa de sebe, taipa de varas, taipa de mão, e taipa de sopapo são outras designações do mesmo tipo de sistema construtivo.
Construção em pedra num cais ou numa ponte, de forma angular, para quebrar a força da corrente.
Navio equivalente à fusta.
Tipologia construtiva e arquitetónica que se caracteriza pela cobertura, com um telhado independente de quatro águas com bastante inclinação, de cada um dos compartimentos estruturais de um edifício, o que volumetricamente compõe conglomerados de coberturas desse tipo.
Pequena e ligeira embarcação indiana ou árabe.
Viga comprida de madeira, ferro, aço ou betão armado, que se destina a suportar as superfícies das coberturas.
Torre mais alta e central de uma fortaleza, muitas vezes residência do senhor ou comandante.
Dispositivo onde se montava a artilharia, protegendo também os próprios artilheiros.
Nave transversal de uma igreja de planta em cruz latina, sendo que cada um dos lados é designado por braço.
Maciço retangular de terra, estabelecido sobre o terrapleno do baluarte, perpendicularmente ao parapeito.
O termo tem como origem a formação de um elemento estrutural vazado cuja resistência e rigidez são garantidas pela amarração de um conjunto de segmentos (madeira, metal, etc.) de acordo com um esquema geométrico de triângulos e/ou losangos; por extensão aplica-se também à grade cerrada de ripas de madeira, usada no guarnecimento de vãos por forma a minorar a invasão da privacidade, bem como a entrada de luz e calor excessivos; para este mesmo tipo de grade usam-se ainda as palavras Gelosia, Rótula, Muxarabi ou Reixa.
Escavação longitudinal a céu aberto, fosso cavado no solo e protegido por um parapeito, construído com terras do mesmo fosso. Termo usado no campo militar.
Intervalo dos merlões, por onde se enfiava a boca do canhão, bombarda ou trom.
Povo e sua língua vernácula, tradicional de uma parte da população de Angola (centro, costa e interior, áreas de Benguela, Lobito e Huambo).
V. Alpendre.
Administrador e intendente das obras.
Janela feita de lâminas de madeira que formam frestas horizontais, obscurecendo o ambiente e deixando penetrar o ar; persiana.
Elemento reto que remata superior e estruturalmente um vão, feito de um só elemento em pedra, madeira ou betão; também designado por Dintel ou Lintel e Padieira.
Na arquitetura, corresponde normalmente ao conceito de arquitetura regional ou popular.
Ou xarafim. Moeda de prata da Índia.