Baía dos Tigres

Lat: -16.592981021740000, Long: 11.720980989840000

Baía dos Tigres

Namibe, Angola

Enquadramento Histórico e Urbanismo

Pequeno povoado litoral, no extremo sul de Angola, que se criou para marcação de domínio territorial, e se desenvolveu posteriormente como núcleo piscatório, a par da povoação de Porto Alexandre. O povoado primitivo contava somente com uma igreja, escola primária e hospital, edifícios sobrelevados para facilitar a passagem das areias arrastadas pelos ventos do sudoeste (garroa). Da arquiteta Antonieta Jacinto foi o plano (1958) de estrutura radial com centro no cais do porto, propondo em sequência duas zonas distintas, compostas por uma estrutura de quadrícula com quarteirões abertos e pequenos edifícios isolados. Estas duas zonas estavam ligadas por uma outra, aberta, de espaços verdes. O plano, apenas indicativo na sua proposta de crescimento, tentava atribuir uma ordem às construções preexistentes ao longo da costa, expandindo‐se através de uma estrutura marcada por uma indelével rigidez, com clara separação formal entre o velho e o novo. Em 1959 foi elaborado novo plano de urbanização. Este, com a designação de Ante‐Plano Geral/Missão Técnica da Baía dos Tigres, previa a edificação de uma cidade nova, a implantar na restinga a norte da foz do Rio Cunene - ao que parece como resposta portuguesa ao aproveitamento desse rio internacional, onde os sul‐africanos tinham edificado uma barragem (no fronteiriço Sudoeste Africano - atual Namíbia - por eles administrado). A iniciativa foi do Ministério do Ultramar, sendo o estudo datado de julho de 1959, conforme documento existente no arquivo de Nuno Teotónio Pereira. Nele terá participado o engenheiro Carlos Abecassis, com a colaboração da arquiteta Antonieta Silva Dias (nascida em Angola). Foram consideradas várias localizações possíveis para a futura urbe, a designar por São Martinho dos Tigres (na restinga, ou "saco" do porto), e que serviria para o embarque do minério de Cassinga. Outro estudo, aparentemente convergente ou paralelo ao primeiro, foi encomenda feita ao engenheiro Vasco Costa e ao arquiteto Nuno Teotónio Pereira (ante‐plano, de janeiro a junho de 1959), no qual se utilizava o zonamento moderno, mas com a colonial previsão de uma "zona residencial para população civilizada".

Arquitetura religiosa

Equipamentos e infraestruturas

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