Vigia

Lat: -0.858294444444440, Long: -48.141669444444000

Vigia

Pará, Brasil

Enquadramento Histórico e Urbanismo

No local onde existia a aldeia Uruitá, de índios tupinambás, foi estabelecido um posto de vigia e fiscalização das embarcações que entrassem na Baía de Guajará. Em 1693 a povoação que então se formara foi elevada a vila. Em 1712 instalaram‐se na Vigia cerca de 200 casais de índios. Em 1732 a câmara requereu a légua patrimonial do seu termo, que foi concedida por carta de 25 de novembro de 1782. Estabelecida em terreno plano, a estrutura urbana tem uma malha regular que se terá desenvolvido progressivamente. Os jesuítas possuíam aldeamentos e fazendas no seu termo e instalaram na vila um colégio e a Igreja da Madre de Deus. Em 1733 os frades das mercês estabeleceram um pequeno hospício, e em 1734 seguiram‐se os carmelitas com novo hospício e igreja, de que restam apenas ruínas. Em 1757, com a reforma pombalina, a aldeia Coaby e a fazenda Mamayassu, dos jesuítas, foram transformadas respectivamente nos lugares de Colares e Porto Salvo. Em Santa Maria do Guarumã, nas proximidades de Vigia, existe uma igreja de pedra e cal inacabada que a tradição associa aos jesuítas, assim como a Igreja de Nossa Senhora da Luz de Porto Salvo. Depois da expulsão dos padres, em 1761, a Igreja da Madre de Deus passou a ser a matriz da vila. Da matriz anterior, dedicada a Nossa Senhora de Nazaré, resta apenas a capela‐mor, conhecida como "igreja de pedra", por estar exposta, sem reboco, a sua alvenaria de pedra. Foi projeto inspirado no desenho de Landi para a Igreja de Cametá, que nunca chegou a ser concluído. A modificação gradativa da paisagem fluvial diante da vila contribuiu para o seu isolamento progressivo. Ainda no século XVIII, perdeu a eficiência como posto de vigia. No século XIX era centro pesqueiro e produtor de café.

Arquitetura religiosa

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