Goiás, Vila Boa de Goiás

Lat: -15.934105624022000, Long: -50.140366255892000

Goiás, Vila Boa de Goiás

Goiás, Brasil

Enquadramento Histórico e Urbanismo

O arraial de Sant’Anna foi uma das primeiras povoações fundadas por Bartolomeu Bueno em 1726, juntamente com os arraiais Barra, Ouro Fino e Ferreiro. Após a descoberta do ouro no Rio Vermelho, nos contrafortes da Serra Dourada, os mineradores montaram seus primeiros acampamentos próximos à mata ciliar. A ocupação seguinte deu‐se com a construção de casas mais resistentes, mantendo‐se uma certa distância do leito do rio, local de trabalho. Daí começaram a ser delimitados os primeiros caminhos, que mais tarde viriam a se constituir em ruas. Simultâneo a esse processo, fez‐se a implantação da Capela de Sant’Anna num local alto e salubre. Em 1729 o arraial foi reconhecido como freguesia e o Largo da Matriz de Sant’Anna passou a ser ocupado por edificações de carácter definitivo, compondo a área mais nobre do núcleo. Enquanto isso, uma nova centralidade formava‐se na outra margem do Rio Vermelho, à volta do Largo da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, constituindo‐se como uma área de ocupação mais humilde. O largo era o ponto de convergência das principais vias existentes, as ruas da Cambaúba, Nova e dos Mercadores. Além da concentração junto aos largos das igrejas, os eixos comerciais que ligavam essas centralidades também direcionavam o crescimento do núcleo. Em 1739, o sucessor do conde de Sarzedas, D. Luiz de Mascarenhas, cumprindo a carta régia de fevereiro de 1736, elevou o arraial de Sant’Anna à categoria de vila, e não Meia Ponte, como muitos acreditavam. (Pirenópolis (GO)) O período de 1740 a 1770 compreendeu uma nova etapa de consolidação do espaço urbano, marcada pelo apogeu do ciclo minerador. Mas mesmo no período de declínio da mineração, a partir de 1770, houve ainda grandes investimentos, como a edificação das igrejas de Nossa Senhora da Boa Morte, do Carmo, da Abadia, de São Francisco de Paula e de Santa Bárbara, além da construção do Chafariz da Boa Morte. Em 1782, no governo de D. Luiz da Cunha Menezes, foi elaborado um prospecto que compreendia uma representação da planta de Vila Boa, com projeto de ampliação de ruas, bem como um código de posturas. Ao lado de arraiais decadentes, Vila Boa mantinha uma certa dinâmica por conta de sua posição como sede administrativa. A vila recebeu o título de cidade em 17 de setembro de 1818, por carta régia, e passou a ser chamada simplesmente Goiás. Entre 1937 e 1940 a cidade assistiu à transferência da capital do estado de Goiás para Goiânia, sofrendo um baque económico e social, com a saída de pessoas ligadas à administração pública e ao comércio. Alguns dos seus monumentos e edifícios tinham sido classificados isoladamente na década de 1950. O conjunto arquitetónico, paisagístico e urbanístico da cidade foi classificado pelo IPHAN em 1978, e pelo estado de Goiás na década seguinte. Recebeu o título de Património Mundial da Humanidade em 2001, pela singeleza e beleza de seu conjunto. Meses depois, uma inundação assolou parte do centro histórico, que já se encontra recuperado.

Arquitetura militar

Arquitetura religiosa

Equipamentos e infraestruturas

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