Vitória

Lat: -20.322186268383000, Long: -40.338087501585000

Vitória

Espírito Santo, Brasil

Enquadramento Histórico e Urbanismo

Quando o grupo de portugueses, encabeçado pelo donatário Vasco Coutinho, chegou à região, batizaram a grande ilha que fechava a estreita baía do Espírito Santo como Ilha de Santo António. O seu povoamento efetivo pelos portugueses só se dará a partir de 1537, quando estas terras foram doadas, pelo donatário da capitania, em sesmaria a Duarte Lemos. Os constantes ataques indígenas acabam por devastar a Vila do Espírito Santo, levando os portugueses a procurar lugares mais protegidos, o que vai criar uma povoação numa elevação da ilha, junto ao engenho de Duarte Lemos. Esse arraial, situado num ponto mais fácil de defender dos ataques inesperados dos nativos, passa a ser conhecido como Vila Nova. Em 1551, a povoação recebeu o seu nome atual, em homenagem a uma grande batalha vencida contra os índios. O nome "Vila da Vitória do Espírito Santo" comemora o feito do donatário e seus seguidores na posse do território da capitania. 1551 é a data considerada pelos historiadores como de fundação da vila de Vitória; é neste ano também que os jesuítas se instalam na colina. A presença da Companhia de Jesus e do seu Colégio será fundamental no desenvolvimento da vila. O eixo Colégio / Igreja Matriz será o estruturador do povoamento. Só posteriormente franciscanos (1589) e carmelitas se instalarão nos arrabaldes da vila. Vitória é um excelente exemplo do padrão de implantação das vilas pelos donatários. Assenta numa elevação, com os caminhos sendo estruturados pela presença das igrejas e o relevo acidentado. Na parte baixa, junto ao rio, um fortim assegurava a defesa da vila contra piratas e corsários. A vila será objeto de ataque holandês em 1640. O centro atual de Vitória mantém no seu traçado e na arquitetura da maioria das suas igrejas o testemunho dessa ocupação. Além das igrejas, temos na Rua José Marcolino, por detrás da Catedral Metropolitana, antiga Igreja Matriz, dois antigos sobrados que mantém as características do período colonial, com cercaduras em madeira, águas-furtadas, e balcões em treliça.

Arquitetura religiosa

Habitação

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