Viamão

Lat: -30.088358002230000, Long: -51.023789982873000

Viamão

Rio Grande do Sul, Brasil

Enquadramento Histórico e Urbanismo

Numa elevação do terreno, situada na costa leste da Lagoa dos Patos, a meio caminho entre Patrulha, hoje Santo António da Patrulha, junto às franjas da serra, e o delta do Rio Guaíba, iniciou‐se um núcleo espontâneo de habitações, em torno da capela edificada pelo estancieiro Francisco Carvalho da Cunha. A licença para construir a primeira capela foi dada pelo bispo do Rio de Janeiro, em 1741, àquele estancieiro, que a dedicou a Nossa Senhora da Conceição e a edificou em sua propriedade, chamada Estância Grande. Em 1747, a localidade foi elevada a freguesia. O local era, então, um núcleo urbano com poucos moradores efetivos, comportando apenas algumas casas térreas e uns raros sobrados. Seu traçado urbano, com alguma regularidade, desenvolvia‐se ao redor de uma grande praça, onde estava a capela da freguesia. Em 1763, com a invasão de Rio Grande pelos espanhóis, a Câmara daquela vila e todo o aparato burocrático luso ali existente instalou‐se em Viamão, onde permaneceu até 1772, quando se transferiu para Porto Alegre, atual capital do estado do Rio Grande do Sul. Tratava‐se de uma anomalia administrativa, uma vez que se tinha um arraial como sede de uma câmara. O mesmo se verificou com Porto Alegre, que não era vila e passou a sediar a câmara de Rio Grande até 1809, quando foi elevada a vila. Foi esse o período de maior crescimento do arraial de Viamão ao longo de todo o século XVIII, e coincidiu com o projeto e o início da construção de sua Igreja Matriz, em substituição à antiga capela de madeira. Após a transferência do poder da capitania e da câmara de Rio Grande para Porto Alegre, a paróquia passou por um longo período de declínio, que avançou pelo século XIX. Hoje, o centro histórico de Viamão está muito descaracterizado, em função da precariedade de sua legislação de proteção ao património edificado da cidade.

Arquitetura religiosa

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