Parati

Lat: -23.216708373325000, Long: -44.717938620190000

Parati

Rio de Janeiro, Brasil

Enquadramento Histórico e Urbanismo

Parati é a denominação que os índios dão a um pequeno peixe abundante na região. Colonos vindos de São Vicente irão se instalar em 1630 numa elevação, junto ao Rio Perequê‐Açu, que dominava uma baía abrigada. Dedicam a capela construída a São Roque. Em 1646 os povoadores de Parati já ocupam a várzea, abandonando o arraial elevado inicial e construindo uma nova matriz, dedicada a Nossa Senhora dos Remédios. Com a descida, a várzea inicia o característico processo português de transformação gradativa do sitio onde são implantadas as povoações. Em 1660 é elevada à condição de Vila de Nossa Senhora dos Remédios, e por ordem de Salvador Correia de Sá é aberto um caminho pela serra do mar que acompanhava a antiga trilha dos índios guaianás e chegava às terras do planalto paulista. Esta trilha depois será denominada de "caminho velho". Com a descoberta de ouro no sertão brasileiro, em 1692, o caminho passa a ter posição estratégica e o porto de Parati ganha importância para a administração portuguesa. Parati tem nesta condição o principal fator ordenador do seu tecido urbano. Apesar disso, em 1717 a vila é descrita como pequena, contando com pouco menos de cinquenta casas. Em 1726, as ruas são balizadas e é construído um cais flanqueado nos fundos dos terrenos voltados para o mar. O Rio Perequê‐Açu é desviado para junto do arraial em 1728, visto que a descida para a várzea se deu no sentido oposto ao rio, por conter terras mais apropriadas. No final do século XVIII, a vila já conta com 392 casas, sendo que destas 35 eram sobrados. Não há em Parati a presença de nenhum dos pólos monumentais característicos das cidades litorâneas brasileiras, como os conventos jesuíticos, carmelitas, franciscanos ou beneditinos. Tal facto provavelmente garantiu a grande homogeneidade em torno das vias que do mar seguem para o interior. O núcleo inicial teria surgido nas imediações da Praça da Matriz, organizando a direcionalidade das primeiras quadras do mar em função do porto - as antigas ruas do Mercado e Nova da Praia. As quadras internas são direcionadas em função dos caminhos que do porto conduziam ao interior. É evidente que o elemento estruturador, porto/estrada para as Minas, assume o traçado que hoje apresenta a cidade como fruto do intercâmbio entre o ordenamento público e as necessidades da população. São as igrejas as causadoras dos desvios na homogeneidade do tecido: a Matriz e as praças; a Igreja de Santa Rita e a pequena travessa que divide em duas a quadra à sua esquerda; e a Igreja do Rosário alargando um dos eixos mar‐interior. O centro histórico de Parati evoca no ordenamento de suas quadras e edificações a lógica de como arruadores e engenheiros militares construíram as cidades no Brasil.

Arquitetura militar

Arquitetura religiosa

Equipamentos e infraestruturas

Habitação

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