Cotia

Lat: -23.604127003555000, Long: -46.924299998905000

Cotia

São Paulo, Brasil

Enquadramento Histórico e Urbanismo

Segundo Silva Telles, datam dos séculos XVII e XVIII construções paulistas que, por seu carácter, podem ombrear com as melhores do Brasil. Apesar da impressionante sobriedade e ajuste estrito aos programas construtivos, apresentam surpreendente acerto de proporções e apuro nos detalhes. As construções do planalto, de origem missionária - igrejas, capelas, residências -, ou casas dos colonos - rurais e urbanas -, empregaram predominantemente a taipa‐de‐pilão. As casas rurais, ditas "bandeiristas", construídas em sesmarias ao redor de São Paulo, desde as mais antigas, como a Casa do Sítio de Santo António (em São Roque), a do Sítio do Padre Inácio (em Cotia), a do Sítio Querubim (em Araçariguama), até às mais recentes, já no século XVIII, como a do Sítio do Mandu (em Cotia), ou a do Tatuapé (em São Paulo), formam um agrupamento homogéneo, com características fundamentais comuns. A planta quadrada dessas construções é dividida em dois setores: o da frente, de receber, com alpendre aberto, entre o quarto de hóspedes e a capela, e o posterior, de viver, cuja peça principal é o salão maior, de telha‐vã, normalmente no centro da habitação, sem iluminação direta. Externamente, dominam os cheios sobre os vazios, isto é, as paredes sobre os vãos abertos. As fachadas principais dessas edificações são de extraordinária beleza e proporção. Entre dois panos de parede, somente perfurados por duas diminutas janelas quase quadradas, correspondentes ao quarto de hóspedes e à capela, fica o alpendre. A construção é de taipa de pilão, coberta por amplo telhado de quatro águas. As pilastras do alpendre são de madeira, de canela preta, como também as esquadrias, os soalhos e quase todo o madeiramento do telhado.

Habitação

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